Presidente Lula se manifesta sobre relações com Trump, enquanto embaixadora representa o Brasil na posse do republicano.
No último dia de seu mandato, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, realizou um gesto sem precedentes ao conceder perdões preventivos a diversas figuras proeminentes que poderiam ser alvo de retaliações sob a administração de Donald Trump, que reassumiu a presidência em 20 de janeiro de 2025. Entre os beneficiados estão o Dr. Anthony Fauci, o general aposentado Mark Milley e Liz Cheney, todos envolvidos em situações de destaque que geraram tensões políticas nos anos anteriores. Biden justificou os perdões como uma forma de proteger servidores públicos de processos politicamente motivados.
Enquanto isso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou a transição de poder nos Estados Unidos. Em declaração, Lula afirmou esperar que o país norte-americano continue sendo um “parceiro histórico” do Brasil, apesar das possíveis políticas protecionistas de Trump. “Da nossa parte, não queremos briga, nem com os americanos, nem com a China, nem com qualquer outro país”, reforçou.
A posse de Donald Trump, realizada na capital americana, seguiu o protocolo tradicional de não contar com a presença de chefes de Estado estrangeiros. O Brasil foi representado oficialmente pela embaixadora Maria Luiza Viotti. Embora Trump tenha convidado alguns líderes internacionais, como os presidentes da Argentina, El Salvador e Equador, além da primeira-ministra italiana Giorgia Meloni, Lula não estava entre os nomes da lista.
Essa nova etapa nas relações diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos deve trazer desafios, especialmente diante do esperado protecionismo econômico norte-americano. Porém, o governo brasileiro busca manter uma postura equilibrada, promovendo relações construtivas com todas as nações, incluindo a China e outros parceiros do BRICS.
