Smartwatches: Entre Treinadores Pessoais e Riscos à Saúde, o Que Você Precisa Saber.

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A tecnologia vestível, liderada pelos relógios inteligentes, ou smartwatches, transformou-se em uma febre global. Prometendo ser o companheiro ideal para uma vida mais saudável, esses dispositivos evoluíram de simples contadores de passos para complexas centrais de monitoramento pessoal. Contudo, enquanto celebramos suas inovações, um importante alerta da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) nos chama à realidade: nem tudo que reluz no pulso é ouro.

O Lado Positivo: Seu Treinador Pessoal no Pulso

Não há como negar os benefícios. Os smartwatches modernos funcionam como verdadeiros “treinadores pessoais”, oferecendo dados valiosos sobre nossa condição física. Eles monitoram em tempo real a frequência cardíaca, a qualidade do sono, os níveis de estresse, a oxigenação do sangue e, claro, toda a nossa atividade física.

Integrados a aplicativos, eles nos permitem traçar metas, acompanhar nosso progresso e ajustar rotinas para alcançar maior eficiência. Essa capacidade de quantificar nosso dia a dia tem sido um poderoso incentivo para que milhões de pessoas adotem um estilo de vida mais ativo e consciente. A tecnologia, neste caso, é uma ferramenta de empoderamento para o bem-estar.

O Alerta Vermelho: O Risco da Medição de Glicose

Em contrapartida a essa evolução, surgiu uma promessa perigosa: a medição de glicose de forma não invasiva, ou seja, sem a necessidade de picar o dedo. Diante da popularização de dispositivos que alegavam ter essa função, a Anvisa emitiu uma nota técnica clara e direta: a comercialização e o uso de smartwatches para essa finalidade estão proibidos no Brasil.

A razão é simples e grave: não existe, até o momento, tecnologia aprovada e com eficácia comprovada para essa função. A agência alerta que medições imprecisas podem levar a decisões médicas desastrosas, como a aplicação de doses incorretas de insulina por pacientes diabéticos, o que pode resultar em choque glicêmico e outras complicações fatais.

É crucial diferenciar: enquanto funções como eletrocardiograma (ECG) e detecção de ritmo cardíaco irregular já foram avaliadas e aprovadas pela Anvisa em alguns modelos, a medição de glicose continua sendo um campo experimental e não regulamentado.

Conclusão: Use a Tecnologia com Sabedoria

Os smartwatches são ferramentas fantásticas para o monitoramento do bem-estar e da performance física. No entanto, o consumidor precisa ser crítico e informado. É fundamental usar esses dispositivos como um suporte ao estilo de vida e nunca como um substituto para diagnósticos ou acompanhamento médico profissional.

A lição é clara: aproveite todos os benefícios que seu relógio inteligente oferece para suas corridas, sono e bem-estar geral. Mas, para o controle de condições médicas como o diabetes, confie apenas em dispositivos médicos certificados e na orientação do seu médico. A tecnologia deve servir à saúde, e não criar novos riscos.

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